Compreendemos como crime todo aquele fato típico, ilícito e culpável, sendo que preenchidas as três características, emerge para o Estado o direito de punir o criminoso, respeitado toda a legalidade.
Quando falamos em crimes no Brasil, temos as mulheres como vítimas potencias de várias modalidades delitivas esparsas no Código Penal e demais leis do ordenamento jurídico brasileiro, dentre elas podemos incluir os crimes cometidos no meio online.
Assim, podemos listar crimes de violência doméstica, sexual e até mesmo moral, como exemplos de crimes cometidos no ‘offline’. Contudo, Quando falamos de crimes cibernéticos, a mulher continua sendo uma potencial vítima das modalidades delitivas, de acordo com a pesquisa do Instituto Avon em 2018, “a agressão contra a mulher no ambiente virtual é sistêmica”, dentre elas, encontram-se o assédio virtual e o vazamento de fotos íntimas.
De acordo com dados da SaferNet Brasil e Pew Researcer Center, no Brasil cerca 70,5% das mulheres já tiveram alguma exposição de conteúdo íntimo, além disso cerca de 64,4% já sofreram ciberbullyng, 25% já foram vítimas de assédio sexual online e 26% das mulheres jovens, aqui compreendidas com 18 a 24 anos, já foram vítimas de algum tipo de violência virtual. Por fim, os dados mostram que 28% dos homens já repassaram imagens de mulheres nuas obtidas sem autorização que receberam no celular.
Nesse contexto, necessário ressaltar a consequência danosa que um delito pode causar na vida da mulher, tanto física quando psicológica. As cautelas do mundo real, precisam agora serem ampliadas para o mundo virtual.
SOBRE O PROJETO
O Projeto “Mulheres Reais, Mundos Virtuais” surgiu em xxxx através do Segurança na Rede, tendo sido pensado e elaborado pelo Dr. Fernando Peres.
O Projeto visa a propagação de informações sobre os riscos havidos no uso da Internet, bem como de eventuais atitudes que possam ser tomadas para minimizá-los.
Desse modo, cartilhas já foram elaboradas e divulgadas no intuito de ajudar e viabilizar o uso consciente da Internet.
Embora o projeto seja denominado “Mulheres Reais, Mundos Virtuais”, não é destinado somente às mulheres, tendo em vista que as informações que são divulgadas podem ser aproveitadas por toda a comunidade que faz uso da rede mundial de computadores.
Atualmente o projeto possui como referência a página no Facebook e o perfil no Instagram, sendo coordenado pela Larissa Guidorizi de Barros, sob a orientação do Dr. Fernando Peres.
Frequentemente são realizadas postagens concernentes ao uso consciente da Internet, além de informar sobre crimes que podem ser cometidos por meio dela, a fim de mobilizar eventuais vítimas a denunciá-los.