Golpe do falso emprego faz cada vez mais vítimas na internet

 

Com o aumento do desemprego durante a pandemia de Covid-19 e a necessidade de isolamento social, muitos trabalhadores estão procurando vagas de trabalho e participando de processos seletivos pela internet. Mas a popularização das inscrições on-line para oportunidades tem sido alvo de criminosos que disseminaram falsos anúncios com chances primeiro emprego e de recolocação profissional.

Segundo o advogado especialista em crimes pela internet, Fernando Peres, os criminosos sabem que as pessoas ficam mais vulneráveis quando acessam a internet e enviam um mesmo e-mail a milhares de destinatários, por exemplo. “De fato, muitos dos que recebem o e-mail estão realmente procurando emprego e veem a mensagem como boa oportunidade”, explica.

No caso do golpe do falso emprego, o golpista pede uma taxa para que a pessoa participe da seleção. “A vítima fica confortável com a ideia de ter uma vaga dos sonhos garantida e faz o pagamento. Depois disso, o criminoso some”, diz Peres.

Ao pesquisar vagas de emprego, o candidato que desconfiar do anúncio deve pedir mais informações para o anunciante. Outra medida a ser evitada é o compartilhamento de dados bancários do interessado, o que ocorre depois da efetiva contratação para o pagamento de salário ao funcionário.

Em Londrina, outros golpes realizados pela internet são bastante comum. Segundo Peres, lojas virtuais falsas são as que mais dão dor de cabeça às vítimas. “Na euforia de comprar um produto por um valor bem menor, as pessoas caem nesse golpe”, diz.

O advogado alerta, ainda, para mensagens de WhatsApp pedindo ajuda financeira, mesmo que seja de números conhecidos. “Muitas vezes os criminosos conseguem hackear o número da pessoa e aplicar o golpe. É por isso que temos que estar atentos quando solicitados cobranças, boletos, transferências. Existem diversos golpes que pegam a gente na impulsividade, quando estamos desatentos e não confirmamos informações”, explica.